Vago dá-se aqui tal Destino ao aval,
pra onde tudo põe-se e, ao fluir, culmina;
Deus, quem sabe, saiba pra que destina
vida, em versos sem porque, sem final,
e o existir não desconhecendo o mal;
ávaro eu, na tônica que fulmina,
já resguardo, e guardo-me em mim, a sina
tua e o olhar de quê, não ensino qual…
Meu caminho ao corpo teu, ouro e prata
desperdiço, está é minha via ingrata
que cobiço: lânguida, em afã desperta,
riso lasso, avara emoção que mata,
seios crespos, de olhos revoltos grata,
sob dorsal decúbito e a perna aberta…