Ia escrever da luxúria, mas então pensei…
existe a luxúria pura? Luxúria sem contexto…
luxúria sem nada a mais por dizer…
luxúria por luxúria…
luxúria sem amor?
O leitor pode apontar-me, e com muita razão, que esses questionamentos são um tanto… individuais demais… Mas eu rebato ao caro leitor:
Existe a luxúria sem individualidade?
Como pensar no carnal e no físico,no pecado literal em sua forma demonstrada, sem pensar no que, para o indivíduo, valha a pena colocar tudo isso em prática?
E como pensar luxúria sem pensar no sentimento que vem escondido atrás dela quase que despercebido?
Sim porque o leitor pode tentar me dizer que não, mas a luxúria se entrelaça ao primeiro desavisado que passar por perto dela devagar o suficiente… a paixão forte o suficiente… A dor… o trauma.
E se é pecado, é pecado porque é bom e é contra as leis divinas se sentir bem, ou é pecado porque o pobre coitado que um dia decidiu o que era ou não contra as regras de deus teve uma péssima foda e achou que ninguém merecia passar por isso?
É de se pensar caro leitor…
E vem primeiro o amor para vir a luxúria?
Ou vem primeiro a luxúria…desacompanhada e independente… casualmente encontrando o velho conhecido amor pelo caminho?
Ou será que, se há o encontro, necessariamente há uma briga ao longo do trajeto?
E quanto a uma possível reconciliação? Como fica o relacionamento dos sentimentos dos que sentem enquanto sentem em conjunto?
A luxúria é um problema? Existe um vício na luxúria ou isso é um mito porque a luxúria é um pecado, e tudo o que é bom deve ser jogado ao fogo dos infernos, Deus nos perdoe caro leitor?
É de se pensar!… É de se pensar!…