Uma reflexão sobre a luxúria

ENSAIO
POR

Giovanna Sabino

Ia escrever da luxúria, mas então pensei…

existe a luxúria pura? Luxúria sem contexto…

luxúria sem nada a mais por dizer…

luxúria por luxúria…

luxúria sem amor?

O leitor pode apontar-me, e com muita razão, que esses questionamentos são um tanto… individuais demais… Mas eu rebato ao caro leitor:

Existe a luxúria sem individualidade?

Como pensar no carnal e no físico,no pecado literal em sua forma demonstrada, sem pensar no que, para o indivíduo, valha a pena colocar tudo isso em prática?

E como pensar luxúria sem pensar no sentimento que vem escondido atrás dela quase que despercebido?

Sim porque o leitor pode tentar me dizer que não, mas a luxúria se entrelaça ao primeiro desavisado que passar por perto dela devagar o suficiente… a paixão forte o suficiente… A dor… o trauma.

E se é pecado, é pecado porque é bom e é contra as leis divinas se sentir bem, ou é pecado porque o pobre coitado que um dia decidiu o que era ou não contra as regras de deus teve uma péssima foda e achou que ninguém merecia passar por isso?

É de se pensar caro leitor…

E vem primeiro o amor para vir a luxúria?

Ou vem primeiro a luxúria…desacompanhada e independente… casualmente encontrando o velho conhecido amor pelo caminho?

Ou será que, se há o encontro, necessariamente há uma briga ao longo do trajeto?

E quanto a uma possível reconciliação? Como fica o relacionamento dos sentimentos dos que sentem enquanto sentem em conjunto?

A luxúria é um problema? Existe um vício na luxúria ou isso é um mito porque a luxúria é um pecado, e tudo o que é bom deve ser jogado ao fogo dos infernos, Deus nos perdoe caro leitor?

É de se pensar!… É de se pensar!…