A atmosfera do quarto ferve,
Assim como seu toque em minha pele.
Suas mãos passeiam livremente por toda a extensão das minhas pernas,
E seus beijos reivindicando cada pedaço da minha carne como sua, me deixam em
febre.
Suas hábeis e delicadas mãos invadem a minha saia,
As pontas dos seus dedos incendiando cada mísera fibra do meu corpo,
Eles deixam pequenos incêndios por toda parte.
Minha blusa desliza dos meus ombros para o chão, arrepiando-me dos pés a cabeça.
Você brinca com as alças do sutiã roxo que uso, querendo ver o meu desespero
transparecer em sílabas pronunciadas pelos meus lábios.
Sua língua invade a minha boca e eu provo o seu refrescante gosto de menta, que parece
deixar tudo mais fervente.
Já não sinto a saia ir para o chão, quando você morde com uma delicadeza bruta a pele
recém exposta do meu seio.
Os beijos sobem pelos meus tornozelos e inferno, você era a encarnação do próprio
diabo.
E eu me sinto entrar em uma febril combustão, quando você finalmente me dá aquela
atenção.
Sinto-me sapatear nas brasas do seu reino de pecados, quando você vai o mais fundo
que pode dentro de mim.
Você comanda tudo e me olha com atenção, assistindo-me febrilmente queimar.
Desfaço com o corpo em chamas, e o olhar que você me lança, indica que acabamos
apenas de começar.
Todo esse fogo é perigoso, o ardor é o bastante para matar.
Você me dá febre.
E mesmo que eu possa morrer,
Eu amo a maneira como você me queima e incendeia.