Adagas

POEMA
POR

Andre Felix de Oliveira

Uma beleza impura.
A inatingível corrupção.
Paixão ardendo
enquanto meu coração sangra
Pela faca que me acertou.

O sangramento se mantém
Bebê-lo-ei pra recuperar.
Mas…
isso é irrecuperável.
A marca em meu peito seguirá

Na camisa rasgada, também.
Mesmo que a costurem
Os remendos mostrarão
A adaga - de amor? -
que me deixou sem emoção.

A única forma de esconder
É com seus abraços.
Pela frente ou pelas costas
Escondendo com seu peito
Ou seus braços.

Você esconde mais uma vez.
Mas isto não era esperado:
Eu tinha uma adaga.
Atinjo-o com meu amor.
Pelas costas.

Atingido pelas costas
Traído.
Meu amor atingiu seu pulmão.
Não seu coração.
Sem respiração. Morra.