Funeral

POR

Alyson Freitas

Na adolescência, eu gostava de uma menina. Sempre que a gente marcava de sair, alguém da família dela morria. Sempre. A gente marcava, alguém morria do nada.

Não era nem mentira, eu conhecia a família e até cheguei a ir a um dos enterros. Não tinha nada pra fazer mesmo, então eu ia lá prestar condolências.

Isso aconteceu umas quatro vezes. No começo eu até achava engraçado, mas depois comecei a me sentir mal e parei de chamá-la para sair, assim não precisava matar mais ninguém.