Da terra, plange a natureza.
O mundo geme em dor de parto.
Oh, vê do sereno a leveza!
E o vento leva-o em assalto,
Enovelando-o na clareza
Derramada de um poste alto.
Da luz cerrada num caixão
Que é feito o natal d’alvorada.
Deus gritou, e rompeu-se o chão.
Era tarde de madrugada…
É dia! Eternamente é dia!
Não mais se há de ouvir lamentos!
Pobres… já oiço a elegia
– meu esquife é a vastidão! -
Daqueles que anseiam o Dia
Em que todas noites serão.