Romaria a São Paulo

POR

Isaac Retiro Libera Martins

Era um sonho, era só
O aperto de um nó
Comigo ressentido
Em termos
De metrô apertado
É de agrado, é de dó
De soneto, rondós
Em escritas
Palavras sem voz

Sou caipira da aurora
Em meio a Flora Destemida
Me guio e me encontro
Em cada escura esquina

Meu pai, meu vilão
Minha mãe, bastião
Minha infância
Foi toda vendida
Por uma vida segura
Estudei, e chorei
Insisti, e parti
Se há sorte
Precisei conseguir

Sou caipira da aurora
Em meio a Flora Destemida
Me guio e me encontro
Em cada escura esquina

Era para o meu bem
Para eu existir
Que eu fiz
Romaria às pressas
Pra São Paulo
Como só sei estudar
Comecei a falhar
Ao amar, ao amar, ao amar

Sou caipira da aurora
Em meio a Flora Destemida
Me guio e me encontro
Em cada escura esquina