“Na infância, eu não ia à praia para construir castelos de areia, porque sabia que quando eu tivesse que ir embora, teria que deixá-lo lá, ou o pior: alguém viria e o pisotearia sem o menor cuidado e, até mesmo, sem intenção. Eu ia à praia para entrar no mar, sentir as ondas, a maré, a areia sob meus pés. Desde criança, eu prefiro aproveitar meu tempo vivendo e sentindo do que construindo para abandonar ou ver desmoronar. Talvez, só não tenha aprendido que sentimentos também desmoronam, apesar de nunca serem completamente abandonados.”