Sininho de Belém

POEMA
POR

Figo Maduro

i

ésum pouco Rosa
é Rosa
não rosa,
vermelha.
ésclara
éscura
clara
escuta, Clara
és opaca
és otérica
translúcida clara
é Rosa a marca
real inata
d’uma paixão

ii

é grão d’areia chão
e eu água
és puma
felina
e rosa, agora
vermelha e rara
- te pago em singelos beijos à cara!

iii

clara
escura
clara
parda, sombra, opaca
imersa em um peito que não cabe
mas serve
que não basta
mas completa
me comporta
a mim contempla
e compacta.

iv

é tara que sara com o vinho rio de paixão que a rolha saca

v

saia de carimbó
és brasiliana marca
bembelelém
canta meu bem
bem me embala

le

bembe

lém

como o sino da igrejinha
bembelelém
mas como me perco e atotô morre a fala
és santa também
que lumia linda
brilha Sininho
e por isso clara